Olá! Nesta postagem iremos falar sobre a importância de amamentar o bebê na primeira hora de vida.

A amamentação é uma das práticas mais importantes de serem realizadas na primeira hora de vida do bebê, na chamada Hora de Ouro. Para saber sobre a Hora de Ouro, veja a matéria sobre “Contato pele a pele” postada no nosso Blog no dia 27 de abril de 2021.
Amamentar o bebê na primeira hora de vida é importante porque no primeiro momento após o parto, o bebê está alerta e calmo. Assim, esse período foi observado como o melhor momento para promover o contato pele-a-pele e iniciar a amamentação e desta forma, estimular a vinda do colostro.
Quando o bebê suga o peito, há estímulos para a produção de hormônios que são responsáveis pela produção e saída do leite materno. É importante saber que ações prazerosas ajudam nesse processo e de forma contrária, situações de estresse podem diminuir e até bloquear a produção do leite.
É essencial que o bebê seja colocado para sugar o peito da mãe antes que ele durma após o nascimento. Com o estímulo realizado no momento correto, o colostro será produzido e o bebê encontrará sua refeição quando estiver com fome, fazendo novos estímulos com a nova mamada. Se o bebê não mamar ao nascer, vai adormecer e não realizará o estímulo para a vinda do colostro e quando acordar para se alimentar, não encontrará sua refeição, e provavelmente, terá que tomar um complemento (leite artificial). Nesse processo o bebê ficará saciado e dormirá por algumas horas e novamente o estímulo da sucção para a vinda do colostro não ocorrerá.
Desta forma, podemos perceber que, caso a amamentação seja iniciada de forma precoce (o mais cedo possível, de preferência logo após o nascimento, ainda na sala de parto) maior será a chance de garantir todos os benefícios para a sua saúde e de seu bebê.

Os benefícios do aleitamento materno são muitos, não só para o bebê e para a mamãe, mas para a família e para a sociedade. Vamos conhecer alguns destes benefícios:
Benefícios para o bebê/criança:
- O leite materno é o alimento completo para o bebê menor de 6 meses;
- Facilita a eliminação das primeiras fezes do bebê (chamadas de mecônio);
- Diminui o risco da cor da pele do bebê ficar amarelada (o que chamamos de icterícia);
- Diminui o risco de desnutrição;
- Diminui o risco de alergias;
- Aumenta o laço de afeto entre mãe e bebê, promovendo mais segurança para o bebê;
- Protege a criança contra infecções, principalmente diarreias e pneumonias, por ter a presença de anticorpos;
- Melhora a resposta do bebê às vacinações e a capacidade dele de combater as doenças mais rapidamente;
Benefícios para a mãe:
- Ajuda a prevenir hemorragia e anemia após o parto, auxiliando o útero a voltar mais rápido ao seu tamanho normal;
- Ajuda a mulher a retornar mais rápido ao peso de antes da gestação;
- A amamentação exclusiva do bebê (só dando ao bebê o leite materno, sem dar outro alimento ou líquido) até os seis meses de vida dele, em livre demanda (precisa ter mamada frequente, durante o dia e noite) junto com a ausência de menstruação, ajuda a evitar a gravidez;
- Diminui o risco de a mulher desenvolver, no futuro, o câncer de mama, o câncer no ovário, doenças cardiovasculares e diabetes.
Benefícios para a família:
- O leite materno é grátis, o que ajuda a família a economizar custos;
- O leite materno já vem pronto e na temperatura certa para o bebê;
- O leite materno é limpo, não tem micróbios;
- O fortalecimento da saúde do bebê se reflete também no bem-estar e na vida pessoal dos pais.
- Diminui a mortalidade infantil.
Benefícios para sociedade:
- Diminuição de gastos com cuidados de saúde da mãe e bebê;
- Menos falta dos pais ao trabalho por adoecimento dos filhos;
- Adultos mais saudáveis e por isso com maior chance de serem produtivos;
- Menos poluição com fabricação de leites artificiais e embalagens.
Por causa dos benefícios da amamentação para a saúde da criança e para a diminuição do índice de mortalidade infantil, a Organização Mundial de Saúde recomenda que o bebê receba exclusivamente o leite materno até os seis meses de vida. Depois dos 6 meses de vida, para satisfazer as necessidades nutricionais da criança, é importante que o bebê comece a receber outros alimentos e líquidos com base na orientação de um profissional de saúde, no entanto, é importante continuar a amamentação até, pelo menos, os dois anos de idade da criança.
Qualquer dúvida sobre esse ou outro tema, nos escreva!
Referências bibliográficas:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Atenção à Saúde do Recém-Nascido: guia para os profissionais de saúde. Brasília, DF, 2012.
DA SILVA, Cláudia Patrícia Vargas et al. Aleitamento materno exclusivo na primeira hora de vida do recém-nascido. Saúde (Santa Maria), v. 46, n. 1, 2020.
DA SILVA, Leila Rangel. Mãe e bebê pós-parto: orientações para o cuidado no domicílio. Rio de Janeiro: UNIRIO/PROExC, 2013.
Texto produzido pelas Acadêmicas de Enfermagem Gabriella Lima dos Santos Marques e Letícia Rezende da Silva e Profª Drª Cristiane Rodrigues da Rocha.







