A pobreza menstrual é um problema que afeta muitas pessoas no mundo, principalmente em países com desigualdades sociais e de gênero. O termo “pobreza menstrual” refere-se à falta de acesso a produtos de higiene menstrual, bem como a recursos, informações e educação sobre a menstruação. Dessa forma, a falta de recursos, infraestrutura e conhecimento para lidar com a menstruação pode levar ao uso de materiais inadequados, como pedaços de pano, miolo de pão, folhas de jornal e roupas velhas, aumentando o risco de problemas de saúde como alergias, candidíase e síndrome do choque tóxico.
Imagem 1 – Materiais inadequados utilizados durante o periodo da menstruação

Fonte: Cartilha – Saúde da mulher, UNIRIO, 2022
Além disso, a pobreza menstrual pode levar à diminuição da autoestima e autoconfiança, abandono escolar e outros problemas de saúde sexual e reprodutiva. Onde, as meninas muitas vezes perdem dias de escola por causa da menstruação, e a falta de acesso a produtos de higiene menstrual pode levar à falta de acesso a oportunidades educacionais. A falta de educação também pode limitar as oportunidades de trabalho e a independência financeira das mulheres. Para ajudar a combater esse problema, é importante falar abertamente sobre a menstruação e criar espaços para arrecadação de produtos de higiene menstrual em locais públicos.
Como por exemplo a criação de caixinhas solidarias que ficam disponíveis em banheiros e espaços públicos:
Imagem 2 – Caixinha solidaria

Fonte: Imagens do Google, 2023
Pobreza menstrual no Brasil:
A carência de produtos de higiene menstrual afeta cerca de 11,3 milhões de pessoas com poucos recursos no Brasil, que estão entre os 14 e os 45 anos de idade. A maioria delas não sabe que estão sofrendo de pobreza menstrual. Os dados são de um estudo da Johnson & Johnson Consumer Health em conjunto com os institutos Kyra e Mosaiclab, publicado pelo UOL Saúde.
O relatório da UNICEF também mostra como a pobreza menstrual afeta a vida diária e escolar das adolescentes que menstruam, entre 13 e 19 anos. O documento constata a falta de instalações básicas de higiene em casas e escolas. Cerca de 713 mil adolescentes não têm banheiro ou chuveiro em casa, e para 88,4% delas, não há banheiro compartilhado em sua propriedade. A pesquisa também revela que 900 mil jovens não têm acesso à rede de água e 6,5 milhões não têm conexão com a rede de esgoto.
A análise regional mostra que as regiões Norte e Nordeste apresentam mais problemas estruturais nas escolas, seguidas pelo Centro-Oeste, enquanto as regiões Sul e Sudeste aparecem em quarto e quinto lugar, respectivamente.
Diante da grandiosidade do problema que afeta milhões de mulheres (FILIPPE, Marina. 2022.) e suas consequências, é fundamental cobrar dos governantes a implementação de políticas públicas de saúde que identifiquem e atendam às necessidades das pessoas que não têm acesso a um ambiente adequado, água corrente, sabonete e/ou não podem comprar absorventes, protetores e coletores para o seu ciclo.
Em resumo, a pobreza menstrual é um problema que deve ser abordado com urgência e responsabilidade, por meio de ações governamentais e da conscientização da sociedade em geral. Todas as pessoas merecem ter acesso aos produtos de higiene menstrual e um ambiente adequado para lidar com a sua menstruação, sem prejuízos para a sua saúde e qualidade de vida.
Então, se puder, procure a instituição mais perto de você e doe. Pode ter certeza que um pacote de absorventes já fará a diferença na vida de alguém!!!
Confira também em nosso Instagram:
Referências:
Cartilha – Saúde da mulher, UNIRIO, 2022. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1QF16ZCCbWYAsg9x_F7UW3n-6AxIO7_M1/view
FILIPPE, Marina. Pobreza menstrual impacta a vida da mulher e gera prejuízo bilionário. Exame. Disponível em: <https://exame.com/esg/pobreza-menstrual-impacta-a-vida-da-mulher-e-gera-prejuizo-bilionario/>. Acesso em: 17 mar. 2023.
Pobreza menstrual: o que é, causas, dados – Brasil Escola. Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/geografia/pobreza-menstrual.htm>. Acesso em: 17 mar. 2023.