Olá! Nesta postagem vamos falar sobre os machucados e inflamações nos seios durante a amamentação!
Passamos pelo Agosto Dourado – mês da luta e do incentivo à amamentação, mas a nossa luta nesse campo é diária e permanente. Quando pensamos em amamentação, são muitos os tópicos importantes. Hoje vamos falar sobre uma das principais causas do desmame precoce: os machucados e inflamações nas mamas.
A amamentação deve ser um momento de prazer e conexão entre mãe e bebê, e é quando superamos os obstáculos iniciais. Tanto a mãe, quanto o bebê são muito beneficiados por essa rotina de aleitamento, porém, é muito comum ouvirmos falar de mães que tiveram problemas para amamentar.
Amamentar não é fácil e exige informação, relaxamento, estímulo para produção de leite, alimentação, hidratação, descanso, posição e pega corretas e rede de apoio.
Dentre as queixas mais comuns, estão as fissuras nos seios (machucados), mastite ou ingurgitamento mamário (conhecido como “leite empedrado”), que provocam inflamação (associada, ou não, a infecção) e muita dor.
Fissuras: pequenos machucados que podem ocorrer pela posição e pega incorretas, “língua presa” do bebê, mamilos muito sensíveis e a pele mais fina. São dolorosas e podem infeccionar e sangrar. Se detectadas no início, o próprio leite materno pode servir como hidratante e cicatrizante, sendo passado na fissura após a mamada. É importante estar sempre com as mãos bem limpas para não contaminar a mama antes de passar o próprio leite na fissura.
Ingurgitamento mamário: pode ocorrer pela produção excessiva de leite, longo período entre mamadas ou obstrução dos ductos mamários. O leite acumulado na mama forma nódulos doloridos e bem desconfortáveis. Em casos mais simples, pode ser resolvido com massagem e ordenha manual. Em casos mais graves, pode ser necessário o uso de medicações para amenizar a inflamação.
Mastite: inflamação da mama, acompanhada ou não por infecção. Pode ser decorrente do acúmulo de leite, fissuras ou outras lesões. Sua aparência é de uma mama inchada, vermelhidão na pele e aumento da temperatura local e muita dor. É necessária avaliação médica e uso de medicação.
Dicas para evitar machucados nos seios:
– Não prepare seu seio durante a gestação! Não aconselhamos o uso de conchas de plástico, ou cremes nos mamilos. Também não se deve esfregar bucha no local.
A preparação para a amamentação deve ser da mulher e sua família e deve ser baseada em planejamento, rede de apoio e informações técnicas.
– Evite tecidos sintéticos e muitas camadas de roupa. Mantenha o seio arejado e seco. Isso evita o aumento da umidade e a proliferação de fungos.
– Tome banho de sol nos seios antes das 10h ou depois das 16h, por 20 minutos, diariamente.
- Não durma de bruços, pressionando os seios.
- Não utilize sutiã apertado.
– Observe se seu bebê está em uma posição adequada, fazendo a pega correta. Sempre vale lembrar: boca bem aberta, pegando a maior parte possível da aréola dentro da boca do bebê (corresponde mais ou menos 2cm acima do mamilo), queixo encostado no seio, nariz livre para respirar, lábios virados para fora.
– Caso perceba o seio muito cheio antes da mamada, faça uma ordenha manual para aliviar um pouco a turgidez e tornar a o seio mais flexível para que o bebê pegue corretamente na aréola.
– Evite o uso de chupetas e mamadeiras, que podem causar confusão de fluxo ou de bico e dificultar a pega do seio pelo bebê. Caso seja necessário utilizar algum instrumento para oferecer o leite ordenhado, dê preferência para copinhos e colheres. Lembre-se também que o leite só será produzido pelo estímulo da sucção do bebê no mamilo, pela hidratação e alimentação, pelo relaxamento e pelo descanso quando o bebê dorme. Sem estímulo, a produção diminui.
– Ao menor sinal de dor ou desconforto, procure um profissional de saúde habilitado em consultoria para amamentação ou um banco de leite.
Qualquer dúvida sobre este ou outro tema nos escreva!
Fontes pro texto:
https://www.medela.com.br/amamentacao/jornada-da-mae/ingurgitamento-mamario
Fontes das imagens:
https://www.janainaprates.com.br/tag/fissuras-mamilar/
Texto produzido pelas Acadêmicas de Enfermagem Barbara Ferreira Correa Monteiro e Isabelle Barbosa Feitosa e Profª Drª Cristiane Rodrigues da Rocha.







