Olá! Nesta postagem falaremos sobre algumas práticas da assistência no trabalho de parto!

Importante informação: Além destas práticas que falaremos nesta postagem, existem as práticas naturais que podem ser utilizadas durante o trabalho de parto. Elas são opções que trazem benefícios para a mulher e que favorecem com que a mulher seja a protagonista do seu trabalho de parto e parto. Veja sobre essas práticas naturais na postagem do nosso blog do dia 24 de Março de 2021, com o título “Conhecendo as quatro fases do trabalho de parto”.
- Orientações sobre a alimentação
No trabalho de parto, é recomendado que a mulher consuma alimentos leves, evitando o consumo de alimentos de difícil digestão. As gestantes de baixo risco podem beber líquidos (água, chás, sucos de fruta). Nas gestantes com maior possibilidade de indicação da cesariana, o jejum pode ser solicitado.

- Toque Vaginal
Exame realizado durante o trabalho de parto no qual são introduzidos dois dedos na vagina por um profissional de saúde, com o objetivo de avaliar o colo do útero, a bolsa das águas e definir a posição e localização do bebê.
- Retirada dos pêlos da vagina
Não é obrigatório, mas deve ser feita se a mulher se sentir mais confortável.
- Verificação dos batimentos cardíacos fetais
É um cuidado realizado com a finalidade de ouvir os batimentos cardíacos do bebê para saber se está dentro do valor de normalidade. Esse é um indicador importante para os profissionais de saúde saberem que o bebê está bem. O acompanhamento dos batimentos cardíacos fetais é realizado no pré-natal e durante o trabalho de parto.

- Rompimento da bolsa d’água provocada pelo profissional
Geralmente, não deve ser realizada em mulheres que estão progredindo bem no trabalho de parto. A bolsa é uma proteção natural para o bebê, ela faz uma barreira mecânica e também uma barreira contra as infecções.

- Ocitocina:
Este hormônio produzido pelo nosso organismo, é muito importante durante o trabalho de parto, porque ele estimula as contrações uterinas. Existe também no formato sintético, que deve ser utilizado para a indução de partos que não aconteceram naturalmente, ou para corrigir contrações irregulares e/ou curtas e também na prevenção de sangramentos no pós-parto.

- Manobra de Kristeller
Procedimento em que a barriga da mulher é empurrada por um profissional da saúde para forçar a saída do bebê. Esta manobra não deve ser realizada, pois ela traz repercussões negativas. Quem faz o bebê sair são as contrações e a força da mulher no período expulsivo.

- Episiotomia
A episiotomia é uma incisão (corte) cirúrgica realizada na região da vulva e períneo que tinha o objetivo, já comprovadamente equivocado, de evitar ou diminuir o trauma dos tecidos do canal de parto pela passagem do feto, visando facilitar a saída do bebê. Hoje sabemos que esse procedimento causa mais trauma, aumenta o sangramento e traz dor durante o ato sexual se comparada com as lacerações realizadas pela passagem do feto.

- Episiorrafia e a sutura de laceração
A episiorrafia é o procedimento de sutura (fechamento da ferida) da episiotomia feito geralmente após a saída da placenta. Já a sutura de laceração é o fechamento dos locais onde houve rompimento pela passagem do bebê. Nos dois casos, o importante é manter a boa higiene com água e sabão, após ir ao banheiro, secando com toalha limpa. Não se recomenda o uso de papel higiênico. Esses cuidados devem se manter por, pelo menos, 7 dias após o parto.
Medidas farmacológicas para alívio da dor durante o trabalho de parto e parto
Além das práticas não farmacológicas – apresentadas na postagem do blog com o título “Métodos Não Farmacológicos de Alívio da dor” do dia 01 de Dezembro de 2020 – existem também as medidas farmacológicas, ou seja, o uso de substâncias prescritas para alívio da dor. Isso pode ser necessário, quando as medidas não farmacológicas não forem suficientes para aliviar a dor.

- Analgesia
A analgesia combinada raqui-peridural e a analgesia peridural são técnicas eficazes para aliviar a dor do parto. A escolha entre elas é realizada de acordo com critérios do anestesiologista.
É necessário que a mulher saiba algumas informações importantes sobre esta analgesia:
– só está disponível no ambiente hospitalar;
– precisa de maior monitorização por parte dos profissionais de saúde;
– pode provocar uma diminuição da mobilidade da gestante devido a monitorização e a necessidade do uso de um acesso venoso e soro;
– diminui a sensibilidade, dificultando a percepção do momento de fazer a força para a saída do bebê;
– não poderá usar técnicas de relaxamento em água porque não pode molhar o cateter;
– não provoca dor lombar, e tão pouco aumenta a probabilidade da indicação de cesariana;
– está associada à maior chance de parto vaginal instrumental (parto com o uso de fórceps, ventosas ou espátulas) e o aumento na duração do segundo período do parto.
Esperamos que tenham gostado e aprendido um pouco sobre como esse momento único e complexo acontece!
Qualquer dúvida sobre este ou outro tema, nos escreva!
Referências bibliográficas
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde. Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal: versão resumida [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_nacionais_assistencia_parto_normal.pdf>. Acesso em: 11 nov. 2021.
MONTENEGRO, C. A. B.; FILHO, J. R.. Parto. Rezende obstetrícia fundamental.13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
Texto produzido pelas Acadêmicas de Enfermagem Gabriella Lima dos Santos Marques e Letícia Rezende da Silva e Profª Drª Cristiane Rodrigues da Rocha.







