Olá! Nesta postagem falaremos sobre as quatro fases do trabalho de parto!

Esse assunto é bem amplo e rico em informações. Então, para facilitar a nossa conversa, falaremos apenas sobre o trabalho de parto normal, vaginal e sem intercorrências das gestantes de baixo risco.
Importante informação: Uma metodologia muito eficaz para falarmos deste assunto é a utilização do plano de parto construído pela mulher, ou pelo casal, para ser conversado com os profissionais de saúde. Veja o que é o plano de parto na postagem do nosso blog do dia 16 de novembro de 2020, com o título “Plano de Parto”.
Primeiro período do trabalho de parto e as práticas naturais
As práticas naturais, comprovadamente benéficas, devem ser conhecidas pela mulher desde o início do pré-natal. Adquirir confiança através de informações seguras e com evidências científicas comprovadas ajuda a determinar suas escolhas com autonomia e protagonismo no trabalho de parto. Essas práticas incluem o conhecimento do seu corpo, a prática de exercícios corporais e técnicas para alívio da dor, visando ajudar no processo do trabalho de parto.
A organização do ambiente com uso de velas, cores, iluminação e a aromaterapia podem criar uma atmosfera de conforto.

- Fase Latente: presença ou não de ocontrações uterinas dolorosas e un apagamento (fica mais fino) e dilatação (aumenta a abertura) de até 5 cm do colo do útero.
Nessa fase, quando as contrações são dolorosas, elas são discretas, curtas e espaçadas. Essa fase pode durar cerca de 7 horas, apresentando 2 a 3 contrações a cada 10 minutos. Nessa fase as práticas naturais se tornam grandes aliadas das mulheres.
Para a fase latente, são indicados exercícios respiratórios, uma caminhada acompanhada pelo enfermeiro, doula ou acompanhantes, massagens lombares e banhos mornos. Esses são exercícios leves que ajudam no alívio da dor, e se enquadram nessa etapa do trabalho de parto.
- Fase Ativa: Presença de contrações uterinas regulares e dilatação progressiva do colo a partir de 5 cm.
Nessa fase, que em média dura de 2 a 3 horas, as contrações são mais dolorosas, mais longas, mais intensas, mais frequentes e coordenadas, contribuindo para a dilatação e apagamento.
Essa fase exige um pouco mais da gestante, pois a dor se torna mais forte e mais constante devido à maior frequência das contrações. É importante que a gestante fique o mais confortável possível, dentro de suas condições, para se preparar para o período expulsivo (período do nascimento do bebê) que exigirá muita força e energia.
As práticas naturais são de extrema importância para contribuir nessa tentativa de oferecer algum tipo de conforto, tranquilizar e encorajar a mulher. São indicados exercícios como fisioball, banqueta semi-circular, exercícios de lateralização e quatro apoios que vão ajudar na descida do bebê.
Os óleos, a aromaterapia, o banho morno e a massagem ainda podem ser utilizados, mas tudo de acordo com a vontade e necessidade da mulher, que tem autonomia para decidir o que ela precisa.
Além disso,a mulher pode se movimentar e se posicionar da forma que julgar mais confortável durante o seu trabalho de parto.
Complemente suas informações com a leitura da postagem neste blog, do dia 01 de dezembro de 2020, com o título “Métodos não Farmacológicos para Alívio da Dor”.
Segundo período do trabalho de parto (Período Expulsivo)
No período expulsivo, a mulher já apresenta dilatação e apagamento totais. O útero apresenta 4 a 5 contrações a cada dez minutos. Nesse período, a mulher sente uma vontade natural de fazer força para proporcionar a saída do bebê.
Durante esse período de trabalho de parto, a mulher deve ficar na posição que achar ser mais confortável como deitada de lado, de cócoras, em quatro apoios etc.




Fonte: Carolina Horita/Bebê.com.br
Terceiro período do trabalho de parto
Nesse período, que acontece após o nascimento do bebê, ocorre a saída da placenta. Neste momento algumas mulheres sentem um pouco de cólica.
Se a placenta não sair naturalmente, pode ser necessária a utilização de algumas intervenções através de procedimentos e/ou medicamentos.
Faça o contato pele a pele com seu recém-nascido e amamente na sala de parto. Isso ajuda a produzir o hormônio chamado ocitocina que ajudará na saída da placenta, diminui o sangramento pós-parto e já faz o estímulo para vinda do colostro (primeiro leite que vem no seio para alimentar o bebê).

Quarto período do trabalho de parto (período de Greenberg)
É a primeira hora após a saída da placenta. A dica é continuar ofertando bastante o seio ao recém-nascido, pelos motivos mencionados acima, e observar seu sangramento no absorvente, se perceber que seu absorvente fica cheio em duas horas ou menos comunique aos profissionais de saúde.

Atenção: o trabalho de parto é fisiológico, natural, esperado, no entanto, podem acontecer intercorrências e por isso, é necessário o acompanhamento de um enfermeiro obstetra ou médico obstetra. Na identificação de que o trabalho de parto não segue mais o percurso natural, o enfermeiro obstetra solicita o acompanhamento pelo médico obstetra.
Qualquer dúvida sobre este ou outro tema, nos escreva!
Referências bibliográficas
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde. Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal: versão resumida [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_nacionais_assistencia_parto_normal.pdf>. Acesso em: 11 nov. 2021.
MONTENEGRO, C. A. B.; FILHO, J. R.. Parto. Rezende obstetrícia fundamental.13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
Texto produzido pelas Acadêmicas de Enfermagem Gabriella Lima dos Santos Marques e Letícia Rezende da Silva e Profª Drª Cristiane Rodrigues da Rocha.







